quarta-feira, 7 de abril de 2010

Menor de 12 anos agride Diretora escolar

ANDRÉ LUIS GUIMARÃES
Repórter Policial do Universo Policia

No Rio de Janeiro, um estudante de 12 anos agrediu a diretora de uma escola em um episódio de violência que acabou em depredação.

Os vidros e o telhado quebrados são marcas do vandalismo. Dentro da escola, agora é a Guarda Municipal quem controla a disciplina.

Segundo testemunhas, na semana passada, alguns alunos brigaram no pátio da escola. E um estudante de 12 anos se aproveitou da confusão para tentar entrar no gabinete da diretora. Ao ser impedido, reagiu e deu socos e pontapés.

“Eles deram socos nela e bofetadas. Os professores correram. Alguns se esconderam atrás da bancada da cozinha com crianças pequenas, outros correram e todos gritavam na escola, ensandecidamente”, disse uma professora.

No registro na polícia, a diretora preferiu dizer apenas que foi agredida verbalmente, xingada, mas que não apanhou. Ela contou no depoimento que repreendeu um dos estudantes, que reagiu e apedrejou janelas e quebrou parte da cobertura da quadra de esportes.

A escola municipal General Humberto de Souza Melo fica entre a favela da Mangueira e o Morro dos Macacos, e é frequentada por alunos das duas comunidades.

Após a agressão, a direção da escola chamou a mãe do estudante. Mas a violência só piorou.

“A mãe foi veio com uma comitiva da favela e eles invadiram a escola e começaram a bater e quebrar”.

Segundo a investigação, a mãe do aluno arrancou até os fios do telefone quando a diretora tentou chamar a polícia, como mostra uma foto. Depois, ainda houve quebra-quebra. Vidraças, mesas e lâmpadas ficaram destruídas e latas de lixo foram reviradas.

A escola funcionou parte do dia com proteção da polícia. No turno da manhã, considerado mais tranquilo, não houve problemas. Mas no período da tarde, quando estudam os alunos que teriam provocado a confusão, muitos professores faltaram e algumas turmas tiveram que ser dispensadas.

Alguns professores da escola foram, com diretores do sindicato, pedir providências ao Ministério Público e a prefeitura. Eles querem que haja mais funcionários para tomar conta da segurança. A diretora pediu licença para tratar da saúde.

Para especialistas em educação, a violência é mais um desafio que as escolas e os professores precisam saber enfrentar. “A escola não é preparatória apenas para o ensino do vestibular. A escola prepara para a vida e aprender a conviver é uma tarefa da escola”, afirmou a professora de educação Miriam Paura.

A mãe do aluno que participou da agressão vai prestar depoimento na polícia. A Secretaria Municipal de educação abriu uma sindicância. Os alunos envolvidos na agressão poderão ser transferidos para outras escolas.

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