sábado, 2 de janeiro de 2010

Ex-Prefeito da cidade de Pereiro é assasinado

ISMAIL JUNIOR
Repórter Policial do Universo Policia

O ex-prefeito de Pereiro, Antônio Mardônio Diógenes Osório, de 66 anos, foi morto a tiros de revólver por dois pistoleiros, na manhã da última quinta-feira, 31. O crime foi na fazenda Campos, de sua propriedade, na cidade de Pereiro, a 328 quilômetros de Fortaleza. O sepultamento de Mardônio Diógenes, como era mais conhecido, ocorreu ontem pela manhã, no cemitério do município.

Na década de 1980, Mardônio Diógenes teve seu nome envolvido na chacina de Alto Santo, quando foram mortas quatro pessoas: o prefeito de Pereiro, João Terceiro de Souza; a mulher de João, Raimunda Nilda Campos; o motorista do casal, Francisco de Assis Aquino; e o soldado da Polícia Militar (PM), João Odeon de Aquino. Na época, os crimes foram atribuídos ao pistoleiro Idelfonso Maia Cunha, o Mainha, e a outros quatro.

Segundo o delegado Edmar Granja, da Delegacia Regional de Jaguaribe, momentos antes do crime, Mardônio havia saído da fazenda onde residia na companhia de outros três moradores. O grupo foi de carro (uma Hilux verde) até uma estrada que liga Pereiro à cidade de São Miguel, no Rio Grande do Norte, para levantar uma cerca.

Ainda de acordo com o delegado, no momento do crime, Mardônio estava sozinho no veículo & os outros três moradores já haviam saído do carro. O crime teria sido praticado por dois homens que estavam numa moto Fan de cor preta.

O garupeiro, conforme apurou a Polícia, desceu da moto e disparou à queima-roupa contra o ex-prefeito, que caiu morto no banco dianteiro da Hilux, atingido por oito disparos, três deles na cabeça. Um dos moradores que acompanhavam a vítima, Francisco Rodrigues de Queiroz, conhecido por ``Chiquinho``, ainda chegou a ver os dois pistoleiros deixando o local em disparada. Ele contou à Polícia que os assassinos não usavam capacetes.

Além dos depoimentos dos três moradores que acompanhavam Mardônio, o delegado Edmar Granja ouviu a esposa da vítima. ''Todas as evidências apontam para um crime de pistolagem'', disse. A mulher de Mardônio teria afirmado que ele mantinha divergências com algumas pessoas do Rio Grande do Norte e que, ultimamente, havia se desentendido com outra na cidade de Iracema.

''Estamos checando todas as informações'', garantiu o delegado, acrescentando que já tem suspeitas sobre o homem que disparou contra a vítima. A pessoa seria bastante conhecida na Região Jaguaribana. Edmar Granja afirmou ainda que a morte de Mardônio não tem relação com a chacina ocorrida na década de 1980. ''Já faz mais de 25 anos'', concluiu.