terça-feira, 27 de julho de 2010

Homem fica quatro horas sob poder de sequestradores

EDUARDO MANCHA
Repórter Policial do Universo Policia

Em São Paulo, um homem viveu momentos de absoluto terror. Ele foi sequestrado em uma avenida da capital e levado para uma favela. Passou mais de quatro horas sendo ameaçado pelos bandidos. Ele foi salvo graças a uma denúncia anônima.

Uma denúncia detalhou exatamente onde era o cativeiro. Só assim os policiais conseguiram chegar ao local, no extremo da Zona Leste de São Paulo, no Jardim Pantanal. A vítima, um contador, estava em estado de choque.

Na periferia da capital paulista, em um ponto que não consta no mapa, ficava o cativeiro do contador. Ele foi levado para um quarto e obrigado a permanecer deitado, de olhos vendados. A vítima só foi salva graças a uma denúncia anônima. “Ele estava em estado de choque e ficou sem acreditar”, conta Gessimar Vianna, sargento da Polícia Militar.

“Pensava que pudessem me matar, que a menor preocupação era com o dinheiro que eles pudessem levar”, conta a vítima.

Durante as mais de três horas, em que foi mantido refém, o contador disse que ouviu vozes de vários homens diferentes, pelo menos, seis pessoas.

Durante todo tempo, a vítima ficou em uma cama com os olhos vendados e disse que os bandidos fizeram várias ameaças de torturá-lo. “De queimar, se a senha do banco não estivesse correta, de cortar o dedo. Chegaram a colocar meu dedo em algo cortante que eu não vi o que era, na nuca, no rosto”, revela. A vítima também levou socos no peito.

No cativeiro, a polícia encontrou um facão que pode ter sido usado nas sessões de tortura. Seis homens foram presos, eles estavam com os cartões do banco e a senhas da vítima, além de R$ 260 em dinheiro.

O carro do contador foi encontrado não muito longe do local. Perto do barraco, havia várias carteiras vazias que, para a polícia, podem pertencer a outras vítimas levadas para o mesmo cativeiro.

A polícia procura outros envolvidos no sequestro e outras vítimas, já que pela quantidade de carteiras que estava ali no teto, muita gente deve ter passado pelas mãos dessa quadrilha.