Caso Bruno: Delegado afirma que sirgilo telefônico não foi quebrado

ISABELLA FAGUNDES
Repórter Investigativa do Universo Policia

O delegado Edson Moreira, um dos responsáveis pelas investigações do caso do desaparecimento de Eliza Samúdio, ex-namorada do goleiro Bruno, negou que o sigilo telefônico do jogador Bruno, do Flamengo, havia sido quebrado.


Eliza Samúdio


Em entrevista horas antes, um repórter perguntou a ele: "O senhor falou com a gente que a Dra. Alessandra já tinha pedido a quebra do sigilo telefônico. Ele não chegou então?". A resposta foi: "Já está sendo analisado". Ou seja, o delegado não disse que o sigilo havia sido quebrado, como o Jornal chegou a noticiar.

Na nova entrevista, no Departamento de Investigações, em Belo Horizonte, o delegado foi questionado sobre a quebra do sigilo telefônico de Bruno. Edson Moreira respondeu que "não havia falado nada disso". "Não vou quebrar sigilo telefônico, não. Não posso fazer isso. O que eu vou conseguir com isso?", disse o delegado.



Edson manteve o que havia dito sobre a investigação das conversas telefônicas da jovem desaparecida. "O que nós fizemos foi a quebra do sigilo telefônico da Eliza", afirmou o delegado.

Antes, Edson Moreira disse também que outras pessoas tiveram seus sigilos telefônicos e bancários quebrados, mas não revelou os nomes.

O delegado afirmou ainda que estava "trocando informações com a polícia do Rio de Janeiro".

A polícia já ouviu cerca de 20 pessoas, entre elas amigos de Bruno e sua mulher, Dayanne Souza. Um amigo do goleiro, conhecido como "Macarrão", também está sendo investigado.

‘Não há corpo’

O delegado Wagner Pinto afirmou que o corpo da ex-namorada do goleiro do Flamengo não foi encontrado.

"No momento, o que temos é um caso de desaparecimento, que pode evoluir para homicídio, e, posteriormente, para ocultação de cadáver. Mas no momento são apenas hipóteses, já que ainda não encontramos nenhum corpo", afirmou Pinto.

Reconstituição

A polícia informou também que vai reconstituir os últimos momentos de Eliza antes de seu desaparecimento, dia 9 de junho, para tentar traçar uma espécie de mapa dos últimos passos, com suas ligações e contatos.

Denúncias anônimas levaram a polícia à Mata das Abóboras, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo elas, o corpo da ex-namorada de Bruno estaria escondido no local. Até o início da noite, nada havia sido encontrado.

Furto

O caseiro de um sítio vizinho ao de Bruno e o porteiro do condomínio disseram que a polícia prendeu dois homens suspeitos de furtar um aparelho de som da casa do jogador, no município de Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Polícia Militar (PM) na cidade confirmou a prisão de um receptador com quatro caixas de som que seriam da casa do jogador. Esse receptador teria comprado esse aparelho de terceiros. Ainda segundo policiais militares, o caseiro do sítio fez a denúncia do furto na terça-feira (29). Ele foi levado para a delegacia para prestar esclarecimentos.