quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Ladrões que furtaram transportadora são presos

EDUARDO MANCHA
Editor de conteúdo do Universo Policia
Repórter Policial do Universo Policia

Uma denúncia anônima fez a polícia prender, menos de 24 horas depois do crime, seis acusados de participar da quadrilha que furtou cerca de R$ 20 milhões da Transnacional Transportadora de Valores e Segurança, na zona oeste de São Paulo. Com o grupo, policiais militares apreenderam cartas que apontariam para a possível colaboração no crime de um homem detido em uma penitenciária do interior do Estado. Além disso, integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) fariam parte do bando. A desconfiança se deve ao fato de um dos detidos - Weviton de Oliveira, de 31 anos - ser suspeito de ter ligações com a facção.

"Ele tem tatuagens que indicam a proximidade com a facção", afirmou o soldado Adriano dos Santos Moura, da 3ª Companhia do 37º Batalhão. Moura foi um dos responsáveis pela prisão do grupo, ocorrida às 16h20 de ontem, na Rua Engenheiro Felipe Guiton, no Capão Redondo, zona sul de São Paulo. Ele e um colega foram averiguar a denúncia de que, no lugar, bandidos estariam contando dinheiro roubado. Quando os policiais chegaram à casa, eles encontraram a dona do imóvel, Fabíola Costa, de 21 anos, no portão.

"Perguntamos se havia mais alguém lá dentro e ela disse que estava só com a filha." Fabíola, depois, admitiu que estava com um amigo. Os policiais verificaram que ela mentia, que na garagem havia mais cinco homens - Weviton, Ronie Aparecido de Souza, de 29 anos, Lafaiete Araújo Oliveira, de 23, Marcelo da Silva Pereira, de 21, e Maiko Antônio Bezerra Cruz, de 20. Ali também estava um Fiat Doblò, igual ao usado pelo bando que fez o túnel de 150 metros e furtou no domingo passado o caixa-forte da Transnacional.

Na casa, havia 26 pacotes de moedas, todos com emblemas da Transnacional, e R$ 1.290 em notas de R$ 2 - tudo somado, R$ 4 mil. A suspeita é de que o grupo estivesse contando o "troco" dos R$ 20 milhões furtados. Havia ainda cartas de Fabíola, carrinhos de transporte e um pé de cabra. Os acusados negaram em seus depoimentos relação com o furto milionário. Os homens do 37º Batalhão levaram os detidos para o Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), onde eles foram autuados em flagrante sob as acusações de furto e de formação de quadrilha. "Agora vamos investigar a participação de cada um deles no crime", disse o delegado Waldomiro Milanesi.

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