quarta-feira, 30 de setembro de 2009

EXCLUSIVO: Irmão conta que para se defender Agrediu o irmão usuário de drogas, Que faleceu

EDUARDO MANCHA
Repórter Policial do Universo Policia
Editor de conteúdo do Universo Policia
Colunista de Assuntos investigativos do Portal Universo

Muitas famílias vivem o drama que a família de Araújo viveu, de terem um parente dependente de substâncias entorpecentes (drogas). A vida para quem convive com um viciado se torna um inferno, desentendimento, discussões, agressões, ameaças, entre outras.


Irmão relata que para se defender agrediu o irmão
usurário de drogas, que veio a falecer



Foi no calor de uma briga que Marcos perdeu o controle, não agüentando mais o irmão José Roberto viciado em drogas querer agredir a mãe. Ele concede uma entrevista exclusiva ao Paulínia News, momentos antes de prestar depoimento no 3ª Delegacia de Polícia de Campinas, relatando como era a vida da família e o que aconteceu no dia em que para se defender agrediu o irmão que veio a falecer.

Ainda muito emocionado Marcos Donizete Gomes de Araújo, 45 anos, relata que o irmão José Roberto, 47 anos, cabeleireiro, mas não exercia a profissão devido as drogas, desde os 13 anos era usuário de entorpecentes, na tarde de sábado, dia 19, por volta das 13 horas, no bairro Jardim Eulina em Campinas, José Roberto iniciou uma discussão com a mãe Terezinha Gomes de Araújo, Marcos interveio em defesa da mãe.

A mãe como tem problema de saúde, no coração, saiu da casa e foi à residência de um parente, Marcos ficou tentando conversar com o irmão para que ele não mal tratasse mais a mãe que o amava e que pensasse e desse mais valor nela e nas três filhas que tem.

Não aceitando o que Marcos dizia e ainda discutindo, José ainda na cozinha tentou achar algo para agredir o irmão, mas não encontrando se dirigiu ao quarto e pegou uma tesoura, instintivamente num ato de se defender Marcos pegou a primeira coisa que viu em sua frente, no quarto do irmão havia um caibro, ele desferiu um golpe na mão do agressor para afastá-lo, e inconscientemente acertou mais três golpes afim de desarmá-lo. “Eu queria só me defender, ele já havia me agredido outras vezes, tudo que ele pegava não soltava fácil, já cheguei ir ao hospital todo marcado com golpes de caneta”, desabafa.

Após os golpes a vitima deitou na cama e se calou, Marcos foi à casa da tia onde sua mãe estava pedir socorro para o irmão, José não queria se socorrido, alegando que estava bem, que era para deixá-lo. Cerca de 20 minutos depois a irmã e o cunhado da vitima, encontraram José Roberto inconsciente, chamaram o SAMU, ele foi levado ao Pronto Socorro do bairro Padre Anchieta e transferido para Unicamp onde teve três paradas cardíacas, não resistiu e veio a óbito.

“Eu me arrependo do que fiz, apesar de tudo que ele fez era meu irmão, não tinha intenção de matá-lo. As drogas, principalmente o craque, o levaram para o buraco, ele virava bicho quando ficava em abstinência. Já o internamos seis vezes em clínica de recuperação, mas logo ele volta às drogas, já esteve preso duas vezes, um processo e condenado por tráfico de drogas. A vida dele era a droga exclusivamente. Ele estava destruindo com a minha mãe, meu pai falecido em 2007 já tinha se conformado que ele não teria mais recuperação, eu não aceitava o jeito que ele tratava nossa mãe”, desabafa Marcos.

O fato foi agravado porque Marcos tem distúrbios devido a contaminação que teve por trabalhar na Shell. Ele passa por tratamento, fica muito ansioso e impaciente conta que devido a contaminação que teve encontra-se afastado por motivo de doença por apresentar um distúrbios.

O advogado de Marcos, Dr. Edson Fernando Peixoto, de Paulínia explica que este é mais um caso tipo de família que tem adolescente envolvido com drogas, a família tenta ajudá-lo, busca internações e recuperá-lo, mas ele acaba tendo recaídas e voltando para as drogas. O usurário chega ao ponto de começar a agredir, no caso de Marcos ele teve um agravante devido aos problemas de saúde e agiu em legítima defesa.“Meu cliente é um homem que sempre trabalhou, pai de família, ajuda no sustento da mãe e até do irmão, não tem passagens pela polícia”, declara Dr. Peixoto.

“Me arrependo do que fiz, não tinha intenção de matá-lo, apesar de tudo ele era meu irmão. Estou sofrendo, a justiça divina e a dos homens vão me julgar”ressalta Marcos.

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