quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Um assalto que chocou a população

ANDRÉ LUIS GUIMARÃES
Repórter Policial do Universo Policia

A agência do Banco do Brasil de Canarana foi assaltada por bandidos fortemente armados. Eram cerca de 10 homens. O Universo Policia chegou ao local enquanto o assalto era realizado. O comércio fechou as portas. Com informações de testemunhas, mas que ainda precisam ser confirmadas, o que temos até agora é o seguinte:



Um dos que foram reféns do assalto, estava no caixa no momento em que os bandidos invadiram a agência. Ele contou o que vivenciou lá dentro. Os bandidos chegaram, encapuzados, atiraram nas portas de vidro e anunciaram o assalto. Pediram quem tinha a chave do cofre, mas nenhum funcionário se acusou.

Segundo primeiras informações, ainda a serem confirmadas, a chave não estaria na agência no momento do assalto e houve demora em abrir o cofre.


Este homem foi feito refém pelos bandidos. Os reféns já prestou
Depoimento a Policia.



Os clientes do banco foram levados para fora da agência, onde foram colocados como escudo humano. Eram cerca de 30 reféns entre clientes e funcionários. A todo instante, bandidos realizavam disparos para o alto e em direção a veículos e comércios. Os reféns ficavam com as mãos na cabeça.

Esse refém do banco disse que os bandidos pediram se tinha alguém grávida ou criança. Uma criança estava junto dos reféns e foi liberada. Eles não teriam agredido os reféns.

Os bandidos chegaram a agência em um Corola Prata e fugiram levando dois sacos de dinheiro no corola e em uma camionete Hilux verde. Esa Hilux era de uma morador da cidade.

A cerca de 07 km da cidade, em frente a Chácara Peixe Vivo, eles abordaram um veículo que vinha atrás deles. Atiraram contra o veículo, segundo um dos passageiros. Mas o motorista não parou e seguiu em direção ao Garapú. Provavelmente queriam trocar de veículo.





Eles levaram sete reféns entre clientes e funcionários da agência. Todos foram libertados na ponte sobre o Rio 07 de Setembro, a 20 km da cidade. Eles foram trazidos para a cidade pelo pai de um dos reféns levados, que acompanhou a PM em seu veículo.

Seriam 07 minutos o tempo entre a liberação dos reféns pelos bandidos e a chegada da PM no local. O pai do refém, que era menor de idade, trouxe todos os reféns para a cidade e a PM tentou seguir na perseguição. Na ponte sobre o Rio 07 de Setembro, eles puseram fogo no Corola. O objetivo era impedir a passagem da polícia.

Segundo outra informação, eles queimaram um caminhão em cima da Ponte sobre o Rio Vanick, entre o Garapú e Culuene, duas localidades de Canarana. Eles não teriam passado pelo Culuene em direção a Paranatinga, o que leva a crer que teriam entrado na mata. A rodovia que liga Canarana a Paranatinga é a MT – 020, e tem 270 km.

Os bandidos estavam todos sujos, provavelmente estavam escondidos na mata. Ele contou 08 homens, todos armados com metralhadoras/fuzil e pistolas.

Há mais de um mês, bandidos estavam acampados na área rural de Canarana. Um produtor, ao ir trabalhar, deu de cara com os bandidos e foi feito refém. Como ele não retornava, pessoas foram atrás dele e também ficaram reféns. Como o movimento era muito grande nas imediações, por conta dos desaparecimentos, os bandidos soltaram eles na MT-020 e seguiram em direção a Paranatinga. Lá na manhã seguinte, assaltaram duas agências. Ainda não se sabe se há ligação entre os dois assaltos.

Conforme outro reféns, os bandidos chegaram anunciando o assalto e mandaram todo mundo por a mão na cabeça.

Conforme uma testemunha, pouco tempo antes, o carro forte havia estado na agência do Banco do Brasil.

Conforme um morador da cidade, que veio de SP há sete meses trabalhar na construção civil em Canarana, ele saiu do estado paulista para ter tranqüilidade aqui, e foi aqui que viu a pior coisa da vida dele. Ele estava em um supermercado próximo ao banco e viu toda a ação dos bandidos.

Ainda, conforme última informação, vários homens da PM já está em Canarana para ir atrás dos bandidos.

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