sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Uma briga por terra leva um filho matar o próprio pai

ISMAIL JUNIOR
Repórter Policial do Universo Policia

Um bárbaro crime familiar alterou a rotina do pequeno município de Exu, no Sertão do Estado. O policial rodoviário federal reformado Aristóteles Sampaio Alves, de 52 anos, assassinou o pai, o auditor fiscal aposentado João Alves de Oliveira, 82, com quatro tiros após uma discussão sobre a posse de terras da família. A vítima chegou a ser socorrida por testemunhas, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu ao dar entrada em um hospital da cidade. O autor dos disparos seguia foragido.

O crime ocorreu no Sítio Pamonha, a cerca de 30 quilômetros do centro da cidade. Segundo a polícia, o auditor aposentado estaria na roça preparando a terra para o plantio, quando foi surpreendido pelo filho e iniciou-se a discussão. “As testemunhas contaram que João Alves estava mexendo na terra quando o Aristóteles chegou. Os dois bateram boca, ficaram bastante nervosos, o filho puxou a arma e descarregou no pai. Diziam que eles tinham uma rixa antiga por essas terras”, contou o comandante do 7º Batalhão de Polícia Militar (PM), tenente-coronel Vanildo Maranhão.

O comandante acrescentou que, pelo difícil acesso, ainda não foi possível levantar pistas de onde possa estar o acusado. “As informações que nós temos até o momento ainda são muito preliminares. ''Tanto a Polícia Militar quanto a Polícia Civil devem intensificar as buscas para que o crime possa ser solucionado no menor espaço de tempo possível. As testemunhas serão ouvidas e ajudarão bastante na investigação”.

A morte do auditor assustou os moradores da cidade, localizada a 606 quilômetros da capital pernambucana. “As pessoas começaram a ligar para a rádio para contar que um filho havia assassinado o pai aqui em Exu. No centro também dava para sentir uma movimentação diferente. Todo mundo querendo saber o que havia acontecido. A violência está em todo canto agora. Até aqui na nossa cidade acontece esse tipo de coisa”, informou o radialista Marcelo Silva, da Rádio Objetiva FM. O caso ficará sob responsabilidade da delegacia de Exu.

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