sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Um tumulto em Curitiba pode terminar em novas prisões

EDUARDO MANCHA
Editor de conteúdo do Universo Policia
Repórter Policial do Universo Policia


O delegado-chefe do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), de Curitiba, Miguel Stadler, disse que não estão descartadas novas prisões em consequência do tumulto ocorrido no último domingo, no estádio Couto Pereira, em Curitiba. Para isso, a polícia aguarda novos depoimentos, que continuam a ser tomados, e os laudos do Instituto de Criminalística e Instituto Médico Legal.

Dezenas de pessoas já foram ouvidas, mas até agora apenas duas foram presas, sob acusação de tentativa de homicídio - Gilson da Silva, preso em flagrante, e Geison Lourenço Moreira de Lima, com prisão temporária, ambos de 20 anos. A Secretaria da Segurança Pública do Paraná colocou na página que o órgão mantém na internet várias fotos, pedindo o auxílio da população para ajudar a identificar as pessoas que lá aparecem.

Entre os identificados e que são investigados está o vice-presidente da torcida organizada Império Alviverde, Reimackler Graboski. Em maio, ele já tinha sido preso sob acusação de porte ilegal de uma pistola e de um revólver. As armas foram encontradas pela polícia ao parar o carro em que ele se dirigia ao Couto Pereira para assistir à partida do Coritiba contra a Ponte Preta, pela Copa do Brasil.

Outra pessoa identificada pela polícia é um funcionário do Coritiba, Oswaldo Dietrich, que trabalha no Departamento de Marketing, mas, em dias de jogo, é o responsável pela logística dentro de campo. Em uma das imagens, ele aparece dando uma rasteira em um torcedor e, depois, aparentemente trocando chutes com membros da delegação do Fluminense. Ele era aguardado para depor ainda nesta quinta.

De acordo com a assessoria do Coritiba, no caso do torcedor, Dietrich alega que queria apenas facilitar a atuação da polícia que o perseguia. Já em relação à desavença com a delegação do Fluminense, Dietrich deveria dizer à polícia que tinha ido orientá-los para se utilizarem do vestiário do Coritiba, que fica do outro lado de onde acontecia o tumulto. Mas teria recebido um chute de um segurança e houve troca de empurrões. O funcionário do Coritiba também levaria outras imagens além das mostradas pelas televisões que comprovariam sua versão.

O Couto Pereira passou por uma avaliação feita por fiscais do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), com participação do Corpo de Bombeiros. A vistoria já estava agendada havia dois meses e visa aprovar os estádios para as disputas do Campeonato Paranaense.

O relatório final da vistoria de engenharia civil, engenharia elétrica e arquitetura de acessibilidade será preparado pelo Crea nos próximos dias e, no caso de observar problemas, encaminhará para o Ministério Público Estadual. Os outros estádios de Curitiba também estão passando pelo mesmo processo de vistoria.

Com Informações da Agência do Estado.

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