terça-feira, 6 de outubro de 2009

Triângulo Amoroso termina com Homicidio

ANDRÉ LUIS GUIMARÃES
Sub-Editor do Universo Policia

Uma relação de amor e juras de paixão terminou em tragédia no bairro Novo Surubi no último domingo. Uma rede de intrigas culminou num audacioso crime motivado pela vingança de uma esposa deprimida e um marido dividido entre dois amores. Segundo a Polícia Civil, esse é o cenário do possível triângulo amoroso que envolvia a comerciária Elisângela Vieira Lage de Pinho, 38 anos, seu marido, o desempregado Carlos Antônio da Silva, 32, e a auxiliar de escritório Kelly Pereira Soares, 24, apontada como amante, todos residentes na Rua João Horácio da Silva.

Segundo a polícia, a cerca de oito meses Carlos e Kelly mantinham um relacionamento amoroso, porém, somente há duas semanas Elisângela teria descoberto a traição do marido com a vizinha do casal. Indignada, exigiu que Carlos pusesse um fim definitivo à situação e ficasse a seu lado.



De acordo com as investigações policiais, como prova de amor eles teriam tramado o homicídio de Kelly Soares. “Foi um crime passional, sem dúvida. No domingo, por volta das 20 horas, o casal levou Kelly no Pálio vermelho, placa KNE-3238, até uma região rural conhecida como Boca do Leão. Ela foi abordada na rua pelos dois, tanto que deixou uma motoneta e a bolsa com pertences para trás. “Chegamos a cogitar que fosse um sequestro. Mas descobrimos que ela tinha sido capturada para ser morta na Boca do Leão. Elisângela teria agredido a jovem e cortado seu cabelo, depois, Carlos teria disparado quatro tiros de revólver calibre 38 na cabeça da vítima”, informa o delegado de área, Michel Floroschk, responsável pelo plantão do fim de semana.

O casal só foi preso por policiais militares do Serviço Reservado (P2) do 37º Batalhão, que investigavam o sumiço de Kelly Soares, graças à denúncia de um familiar de Carlos. O homem, que não teve o nome revelado, revelou aos policiais que sabia que Carlos e Elisângela haviam levado a vítima para a Boca do Leão.

O carro usado pelo casal teria ficado atolado no local, devido às chuvas. Por volta da meia-noite, Carlos e Elisângela foram detidos pela P2 na sua residência, trajando roupas sujas de lama. A partir da prisão, contaram detalhes do crime e informaram o local onde estava o cadáver, que foi removido para o Instituto Médico Legal de Resende.

Crueldade

A Polícia Civil informou que o crime poderia ter sido ainda mais meticuloso, pois a intenção inicial de Carlos seria amarrar o corpo da vítima a uma pedra e jogá-lo no Rio Paraíba do Sul. Um bloco de concreto e cordas foram apreendidos no carro do casal que está detido na 89ª Delegacia de Polícia. No início da tarde de ontem, a polícia realizou buscas no cenário do crime com a presença dos acusados. Com apoio de militares da Aman, que usaram detector de metais, os policiais tentaram, sem êxito, localizar a arma do crime.

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