quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A Morte de um Subtenente vem intrigando a Policia

ISABELA FAGUNDES
Repórter Investigativa do Universo Policia

A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar a morte do subtenente da Polícia Militar de Corumbá, Edézio Gonçalves de Arruda, 54, ocorrida na noite de segunda-feira, 11 de janeiro. O corpo do militar foi encontrado próximo a um matagal às margens da Estrada Branca, via de acesso ao assentamento Taquaral. O local fica distante cerca de um quilômetro do lixão.

O subtenente Arruda foi morto com golpes na cabeça. A perícia técnica vai indicar se ele foi golpeado por pedras; pauladas ou até mesmo pedaços de ferro. Arruda estava na reserva e havia sido convocado para prestar serviço em um órgão público.

A hipótese de latrocínio, roubo seguido de morte, foi praticamente descartada pela Polícia Civil. A carteira; telefone celular; relógio e o carro da vítima, um Gol 2008, não foram levados. “É um caso de homicídio”, disse o delegado Enilton Zalla. A possibilidade de acerto de contas não foi completamente rechaçada pela investigação. Zalla esteve no local, onde o corpo foi achado, e disse ser provável que o crime tenha sido cometido por mais de uma pessoa. Em alguns pontos da Estrada Branca foram identificados vestígios de sangue e marcas de freio de carro.

O morador de um sítio foi levado para prestar depoimento na Delegacia, mas não acrescentou novos detalhes. O terreno da propriedade, envolto por extenso matagal, pode ter sido usado pelos bandidos como esconderijo e rota de fuga. O inquérito tem trinta dias para ser concluído.

O comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Nelson Antônio da Silva, acompanhou os trabalhos de investigação na Estrada Branca. Ele afirmou que todos “os esforços serão concentrados para chegar à autoria do crime”. O comandante informou que o subtenente estava num “momento de folga e desarmado”.

O crime

Com mais de trinta anos de Polícia Militar, o subtenente Edézio Gonçalves de Arruda foi surpreendido por volta das 22h30 da segunda-feira, ao chegar em casa na rua José Fragelli com Santa Catarina, no bairro Jardim dos Estados. Arruda tinha ido a um Centro Espírita, deixou a família em casa e foi levar um amigo até o bairro Dom Bosco. Ao retornar foi atacado pelos assassinos. Os familiares ouviram o barulho de chegada e saída do carro. Uma bota, usada pelo militar, teria sido encontrada na porta da casa dele.

Por volta da 01 hora já da terça-feira, dia 12, a PM recebeu a comunicação de que um carro estava abandonado na Estrada Branca e nas proximidades havia um grupo de pessoas discutindo. Na checagem, os policiais acharam o veículo. O corpo do subtenente foi achado depois, cerca de três quilômetros do local onde o Gol havia sido deixado.

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