Ônibus é incendiado por ordens de traficantes no Rio de Janeiro

ISMAIL JUNIOR
Repórter Policial do Universo Policia

A presença da PM no alto dos morros do Cantagalo, em Ipanema, e Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, não impediu que, traficantes ordenassem o fechamento do comércio, detonassem uma granada na Avenida Atlântica e incendiassem um ônibus. Numa afronta à ocupação das duas comunidades, onde serão instaladas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), pela manhã um grupo de motoqueiros determinou que os comerciantes de parte de Copacabana baixassem as portas. Um ônibus foi incendiado na Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Ninguém ficou ferido.



No segundo dia de ocupação, não se viam mais bandidos armados pelas ruas e vielas dos morros. Apesar da tentativa de policiais para manter o comércio funcionando, as lojas no quarteirão da Rua Sá Ferreira entre a Rua Raul Pompéia e Avenida Nossa Senhora de Copacabana e da Avenida Nossa Senhora de Copacabana, no quarteirão entre a Sá Ferreira e a Rua Djalma Ulrich, ficaram fechadas por duas horas e quarenta minutos.

Imagens conseguidas pela polícia mostram um homem entrando num carro da linha 121 (Central-Copacabana), da Viação Real, estacionado na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, e ateando fogo ao veículo. O ônibus estava no ponto final e vazio, mas o ataque deixou em pânico quem estava na área.

Para conter as chamas, policiais e bombeiros interditaram o trecho entre as ruas Rainha Elizabeth e Joaquim Nabuco. Além disso, chegaram a evacuar um dos prédios devido à proximidade do fogo. Algumas da lojas próximas ao ônibus atacado pelos bandidos fecharam as portas.



Segundo a delegada Monique Vidal, o ataque desviou a atenção dos policiais para permitir a fuga de Leandro de Oliveira Resende, de 33 anos, conhecido com Azul. Segundo testemunhas, no momento em que a bomba foi lançada, ele entrou numa lanchonete da Avenida Princesa Isabel com uma granada e roubou R$ 500. Ainda segundo Monique, uma adolescente foi apreendida, sob a suspeita de ameaçar comerciantes na Rua Sá Ferreira. Ela seria irmã do traficante Paulo Henrique Duarte Correa, o Juca Bala.