sábado, 10 de outubro de 2009

Policia investiga se fotos de artificio são de loja em Santo André

ISABELA FAGUNDES
Repórter Investigativa do Universo Policia

A Polícia Civil vai investigar se a tonelada de fogos de artifício apreendida na quinta-feira em Suzano têm ligação com a loja de materiais pirotécnicos de Sandro Castellani, que explodiu recentemente em Santo André. Na ocasião, duas pessoas morreram, 12 ficaram feridas e mais de cem desabrigadas. O advogado do empresário Dorival Trentin, dono dos explosivos, negou que seu cliente tenha relação com o caso da região do ABC. Segundo ele, os fogos são de Trentin, mas seriam utilizados apenas em festas familiares e não para fins comerciais.




Os fogos foram localizados pela Polícia Militar, após denúncia, em um haras na estrada Duchem, na Vila Ipelândia, em Palmeiras. O material, avaliado em R$ 60 mil, estava estocado em um trailer coberto com lona de plástico. O caseiro Rinaldo Aparecido Soares, de 31 anos, responsável pelo sítio, foi preso em flagrante acusado de porte ilegal de arma de fogo, já que foi encontrada com ele uma carabina calibre 22, e porte ilegal de artefato explosivo.

Uma equipe do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da PM esteve no haras para fazer o transporte dos fogos. Depois de constatar que não havia perigo em remover o material do local, um veículo foi carregado e os explosivos levados para a sede da Secretaria Municipal de Defesa Social e Prevenção à Violência de Suzano, na Vila Figueira, onde permanecerão até que a Justiça determine o que será feito com eles.

Defesa

O advogado do dono do haras, Marcos Wilson Ferreira Martins, afirmou que seu cliente não tem ligação com a loja de fogos de artifício que explodiu em Santo André. "Ele apenas gosta de fogos e decidiu comprar o material porque conseguiu por um preço muito abaixo do mercado", disse ele, ao apresentar uma nota com o valor de R$ 5,8 mil.

A defesa afirmou ainda que não há provas nem indícios que relacionem seu cliente a Castellani. "Se ele fosse do ramo, saberia que para estocar esse tipo de material é preciso ter uma autorização", justificou.

O caso foi registrado no 1° DP de Suzano, em Palmeiras, pelo delegado Fátimo Aparecido Rodrigues. A reportagem apurou que, ao contrário do que o caseiro teria dito aos militares, ele não confirmou à Polícia Civil que os fogos de artifício pertenciam a Castellani.

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