Jovem é procurado suspeito de assasinato

ANDRÉ LUIS GUIMARÃES
Repórter Policial do Universo Policia

A Polícia Civil confirmou ontem ter um mandado de prisão contra o jovem suspeito do assassinato de um aposentado, ocorrido no último dia 10, em Santa Cruz do Sul. Joanilson Olegário dos Santos, 18 anos, foi identificado por testemunhas como autor das facadas que mataram José Paulo Coelho da Silva, 65. Também conhecido pelo apelido de Gugu, o acusado segue desaparecido.


Divulgação

Joanilson Olegário dos Santos, o Gugu


Segundo o relato de testemunhas, Gugu invadiu a casa de José Paulo, na Rua Adolfo Pritsch, Bairro Bom Jesus, no encalço de um neto da vítima, de 16 anos. O aposentado teria recebido a primeira facada ao tentar impedir o ingresso do invasor. No momento em que o acusado deixava a residência, sem ter alcançado o adolescente, teria desferido mais duas estocadas na vítima, já debilitada pelo primeiro ferimento.

O delegado Miguel Mendes Ribeiro Neto, da 2ª DP, confirma que sua equipe trabalha com a hipótese de crime motivado por vingança contra a família do aposentado. Ainda no início do mês, uma coronhada desferida por Gugu contra o neto de José Paulo levou policiais da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente e da Defrec a cumprirem um mandado de busca na casa do suspeito. Os agentes acabaram encontrando 15 gramas de cocaína e 29 de maconha, e prenderam Gugu por tráfico.

No entanto, após alguns dias recolhido, o acusado saiu da prisão beneficiado pela liberdade provisória, concedida pela Justiça, e retornou para o Bom Jesus, vindo a cometer o assassinato. “Gugu foi reconhecido por várias testemunhas como autor do crime, e estamos tentando encontrá-lo”, ressalta o delegado Miguel. Ele pede que informações anônimas sobre o paradeiro do acusado sejam repassadas à polícia.

MEDO

Enquanto Gugu segue em liberdade, parentes de José Paulo permanecem com medo. Segundo Sílvia Adriana da Rosa, filha do aposentado morto, a família teme novos ataques. “O assassino prometeu voltar e matar mais gente”, comenta. Segundo ela, o aposentado deixou esposa, oito filhos, 20 netos e dois bisnetos. “Era uma pessoa religiosa e muito querida no bairro. Muitas pessoas da vizinhança estão revoltadas com tudo isso. Afinal, parece que as lei beneficiam mais os bandidos do que as pessoas de bem.”


José Paulo Coelho tinha 65 anos