terça-feira, 25 de maio de 2010

Policia esta a procura de foragido

ISABELLA FAGUNDES
Repórter Investigativa do Universo Policia

O ex-funcionário da Sada Transportes, Luiz Guilherme Marques, que tem contra ele um mandado de prisão temporária por ser suspeito de fazer parte de uma quadrilha que deu um golpe milionário na empresa, ainda se encontra foragido. Apesar de familiares e advogados contratados pela família dizerem que ele se entregaria na sexta-feira passada, a polícia não tinha, até ontem à noite, notícia de seu paradeiro.

Na conferência de contas bancárias começaram a aparecer pessoas ligadas a Luiz Guilherme como beneficiários de depósitos de altos valores.

Com um salário de pouco mais de R$ 1.200 líquidos, Luiz Guilherme teria presenteado um familiar com um Toyota Corolla. Além disso, seus pais passaram a circular em uma caminhonete de luxo L200, da marca Mitsubishi.

Além de fazendas em diversos municípios mineiros, coleção de relógios suíços, títulos de crédito e uma dezena de carros de luxo, os golpistas adquiriram a fama de "compra tudo", segundo relatam moradores do pequeno município de Vargem Bonita, na região da Serra da Canastra.

O delegado responsável pelas investigações, Rafael de Souza, seguiu ontem para o Sul de Minas a fim de fazer o sequestro de bens adquiridos pelo grupo que teria como líder Éder Feliciano Marques de Oliveira, também ex-funcionário da Sada.

Éder e a mulher, Simone Homem de Oliveira, estão presos apontados como os cabeças da organização criminosa que atuou por quase três anos. Eles foram demitidos da empresa em janeiro desse ano. O tio de Éder, Antônio Ferreira de Oliveira, que era dono de um restaurante e da empresa Dornas Joias, também foi preso.

Novas suspeitas envolvem pessoas que trabalharam na transportadora e que moram em Betim, na região metropolitana, e em São Roque de Minas, no Norte do Estado. A polícia já tem os nomes de pelo menos dez pessoas que se relacionavam com Edér Feliciano e Luiz Guilherme. Uma mulher, moradora do bairro Sion, na região Centro-Sul da capital, seria um dos novos alvos da polícia por envolvimento no esquema criminoso montado pelos ex-funcionários da Sada.

A quebra de sigilo bancário deverá se estender a elas com novos mandados de busca e apreensão, segundo informou uma fonte da Polícia Civil.

Em relação as movimentações nas contas do casal Éder e Simone, a assessoria do Banco do Brasil informou que todas as suas agências cumprem rigorosamente a legislação de 9.613, de 1998, que define que depósitos e saques em valores elevados devem ser monitorados.

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