quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Pastor é preso por pedofilia

EDUARDO MANCHA
Editor de conteúdo do Universo Policia
Repórter Policial do Universo Policia


Dois integrantes de uma rede nacional de pedofilia foram presos em Mato Grosso por policiais de Santa Catarina e da divisão anti-sequestro da Capital. Entre eles está um pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, que, atualmente, não está exercendo a função.

Outras sete pessoas foram detidas em oito estados: Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Minas Gerais, Ceará e Mato Grosso.


Delegado de SC faz parte da ação em 8 estados.
Pastor é considerado um dos líderes do grupo e
será recambiado


O pastor M.S.B, 33 anos, foi pego no município de Juara (709 quilômetros de Cuiabá) e será transferido para Cuiabá hoje. Da Capital ele seguirá para Santa Catarina, onde prestará esclarecimentos à Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC), que coordena a operação em todo país. A prisão dele é temporária e tem duração de 10 dias.

Com ele foram apreendidos materiais relacionados à pornografia de crianças, segundo o delegado Juarez de Souza Medeiros, diretor-adjunto da DEIC, que veio a Mato Grosso para acompanhar as prisões. Juarez afirmou que o delegado Renato Hengdes, chefe das investigações, classificou a participação do pastor como uma das principais dentro do esquema.

O delegado Luciano Inácio, da Gerência de Repressão a Sequestro e Investigações Especiais (CRSIE) da Polícia Civil de Mato Grosso, afirmou que “não há dúvidas de que existam mais suspeitos integrantes da rede no Estado”.

A polícia ainda não sabe quem produzia os vídeos pornográficos e os disponibilizava na internet. Em um deles, uma criança de 7 anos aparece fazendo sexo oral em um adulto, que não tem o rosto revelado. “É repugnante e monstruoso. Dá nojo. Não sei como as pessoas conseguem olhar essas imagens”, afirmou o delegado Juarez.

Várias imagens e vídeos pornográficos de crianças foram detectados em seu e-mail. O computador que ele utilizava pertencia à advogada K.A, 52, que afirmou desconhecer o material. Fagner estava como hóspede na casa dela. Após depoimento prestado à polícia, ela foi liberada.

De acordo com o delegado Juarez, Um jovem de 24 anos era responsável por armazenar, receber e distribuir as imagens e vídeos pornográficos.

“Eles trocavam informações por e-mail, MSN e tinham o cuidado de orientar o repasse somente para quem integrava a rede, para que nada vazasse para fora do grupo”, explicou o delegado.

As investigações se iniciaram há um ano, em Santa Catarina, a partir de imagens esquecidas por um dos presos em uma lan house. Todos responderão pelos crimes de formação de quadrilha, pedofilia e violação do artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), por oferecer, troca e distribuir imagens e vídeos com cenas de sexo envolvendo crianças, por meio da internet. A penalidade é de 3 a 6 anos de prisão mais multa.

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